sábado, 13 de agosto de 2011

Pagando pelo Ônus

Um grande motivo de discussão e discórdia no Brasil é a questão racial. Por décadas, e até séculos, o Brasil foi acusado de ser o maior País escravista das Américas,  quiçá do mundo, com milhares de escravos vindos trabalhar em nossas lavouras e nossas minas. O Brasil assumiu sozinho um ônus de lesão dos direitos humanos, no que tange ao comércio de escravos, e hoje é obrigado a ouvir que tem uma dívida para com os descendentes dos mesmos. Mas a palavra “comércio de escravos” é atropelada por uma omissão. Vejamos o que diz esse trecho do Wikipédia: “O comércio de escravos estava solidamente implantado no continente Africano e existiu durante milhares de anos. Nações Africanas como os Ashanti do Gana e os Yoruba da Nigéria tinham as suas economias assentes no comércio de escravos”. Ou seja, os Brasileiros não iam à África seqüestrar pessoas, eles iam comprar pessoas. E o comércio era tão desenvolvido, que muitas cidades africanas tinham sua economia dependente disso. Resumindo, nós temos culpa, mas a culpa maior é dos próprios africanos que hoje pedem o respeito que muitos deles não tinham entre si. Eles vendiam seu próprio povo. E hoje cantam o “orgulho” dos seus reis, sendo que estes reis é que muitas vezes deram origem ao comércio de pessoas.
Hoje, para consertar um erro, fabrica-se outro. De todas as coisas absurdas que já se fez no Congresso, uma delas é a Cota para Afrodescendentes nas Universidades. Uma forma clara de sancionar aquilo que se acreditava na época da escravidão: “a de que o negro é intelectualmente inferior e que precisa de um empurrão pra entrar na Universidade”, o que não é verdade, já que muitos negros entraram para a Universidade antes disso, e são ótimos profissionais. Curiosamente, muitos “branquinhos” estão se declarando negros pra entrar pela cota. E entram. Não se deve esquecer as brechas deixadas para burlar o que se acha certo. O problema maior é que os afrodescendentes acham que a lei é benéfica e que lhes proporcionará uma maior cidadania. Ledo engano. Serão sempre apontados como “o negão que entrou pela cota”, e ao contrário da época na escravidão, onde os corpos eram escravizados, hoje, a escravidão é a da razão.


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Um comentário:

  1. Boa Grimas, tocando nas feridas da nação...
    hipocrisia é fechar os olhos para essa situação e depois sair falando que o Brasil é um país de todos.

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